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A aceleração de Deus

“A mão do Senhor veio sobre Elias, o qual cingiu os lombos e correu adiante de Acabe, até à entrada de Jezreel.”

1 Reis 18:46

O texto acima foi retirado de uma das passagens mais emblemáticas da história de Israel. Trata-se do ministério do profeta Elias, durante o reinado de Acabe. Foi um tempo marcado pela idolatria e o abandono à Lei de Deus, bem como pela ascensão do culto à Baal. Elias surge nesse período como voz profética para exortar o povo a retornar à Deus. Por meio do profeta, o Senhor derrama juízo sobre Israel, fazendo com que não chovesse por três anos e meio. Essa estiagem causou danos à economia do Reino do norte, trazendo grande fome e miséria.

Passamos um período parecido, no que diz respeito às dificuldades econômicas e sociais causadas pela pandemia de COVID-19. Longe de mim afirmar que a pandemia foi um juízo da parte de Deus, ou algo parecido. Estou apenas dizendo que as consequências foram catastróficas para a economia mundial, assim como foi a falta de chuvas na época de Acabe.

Da mesma forma que Elias, Deus tem levantado vozes proféticas sobre a sua Igreja para proclamar que sua “chuva” está se aproximando. Isso se refere tanto a um avivamento, como o que aconteceu em Israel, quanto ao derramar de provisão e recursos para essa época conturbada. Além disso, Deus está capacitando sua Igreja para realizar mais em menos tempo. Essa aceleração nos torna capazes de correr mais rápido e nos capacita de forma sobrenatural para realizarmos o plano de Deus, independente do tempo perdido. Contudo, para desfrutarmos disso, precisamos observar princípios da Palavra de Deus, em especial alguns que apresento a seguir.

Autorizados pela Palavra de Deus

Há momentos em que a Palavra de Deus determinará, pela sua soberania, o que deve ocorrer. Isso fica muito visível quando vemos algumas profecias a respeito do fim dos tempos. Jesus, dando as últimas instruções aos discípulos antes de subir aos céus disse: “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade” (Atos 1:7). Desse modo, fica claro que há eventos que são determinado por Deus sem a participação do ser humano.

Contudo, na maioria das vezes, Deus faz uma espécie de parceria com os homens. Ele escolheu agir por meio do seu povo. Nessas situações a Palavra de Deus funciona como uma autorização e não como uma determinação. Um exemplo disso é a salvação. Ela envolve mais do que o livramento do tormento eterno do inferno. A salvação traz consigo a cura, libertação, provisão, paz e segurança. É um conceito bem mais amplo. Tudo isso nos é dado pela graça de Deus, mas é recebido pela fé (Romanos 5:2).

Em suma, quando a Palavra diz, por exemplo, que fomos sarados (Isaías 53:5), quer dizer que a o poder da cura está disponível. Para isso, precisamos receber pela fé na Palavra de Deus. Se não houver fé envolvida, tão pouco haverá a manifestação da cura. Da mesma forma opera a autoridade do crente sobre o poder das trevas. Estamos autorizados a exercê-la, mas, se não o fizermos, poderemos viver uma vida de opressão por Satanás. Logo, nem sempre Deus determina o que irá suceder. Na maior parte das vezes, depende de o que nós faremos com a sua Palavra em nossas vidas.

Ponha a Palavra em movimento

“Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu.
E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos.” – Tiago 5:17,18.

Tiago, ao falar sobre a eficácia da oração de um justo, nos traz o exemplo do profeta Elias. Ele orou e não choveu por três anos e meio. Posteriormente, orou de novo e o céu enviou a chuva. Agora, vamos comparar o texto de Tiago com o relato de 1 Reis 18:

“Muito tempo depois, veio a palavra do Senhor a Elias, no terceiro ano, dizendo: Vai, apresenta-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra.” – 1 Reis 18:1.

Primeiramente Deus deu uma palavra a Elias dizendo que mandaria chuva. Em seguida, Elias ora e a chuva vem. Assim surge a pergunta: choveu por ordem de Deus ou pela oração de Elias? As duas coisas! Tiago cita Elias no contexto que fala sobre a oração da fé. Dessa forma a Palavra do Senhor que o profeta recebeu serviu como uma espécie de autorização.

Deus manifesta sua vontade por meio da sua Palavra. Desde então cabe a nós colocarmos essa palavra em movimento. Para isso devemos orar de acordo com a vontade de Deus (1 João 5:14). Nossa declaração de fé será orientada pela vontade de Deus, manifestada na sua Palavra. Foi o que Elias fez no Carmelo. Portanto, não adianta recebermos uma Palavra da parte de Deus e ficarmos parados. Precisamos colocá-la em movimento por meio da nossa fé.

O exemplo de Ezequiel

“Disse-me ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor .
Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis.”

Ezequiel 37:4,5.

Deus disse para Ezequiel profetizar sobre os ossos secos. Ele poderia ter dado a ordem diretamente, mas preferiu agir por meio do profeta. Ao profetizar Ezequiel estava declarando a vontade de Deus, que era a de dar vida aos ossos secos, representando a nação de Israel. Deus nos revela sua vontade para que nós possamos ativamente, por meio da fé, declará-la. Não podemos deixar a Palavra de Deus parada, mas devemos pô-la em movimento através da nossa declaração de fé. Jesus morreu para nos trazer a cura. Pelas suas pisaduras fomos sarados. Mas Tiago é categórico ao afirmar que a oração da fé salvará o enfermo (Tiago 5:14,15). O que é a oração da fé senão a verdade de que Jesus já nos curou no Calvário sendo posta em ação por meio da confissão?

Fazendo mais em menos tempo

Rodrigo Silva

Graduado no Centro de Treinamento Bíblico Rhema Brasil - 2010 Graduado na Escola de Ministros Rhema - 2012 Ministro Licenciado AMVV Atualmente congrega na Igreja Verbo da Vida de Campo Grande - Rio de janeiro/RJ

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