“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.
Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos.
Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?
Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação.
Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria;
mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios;
mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.” (1 Coríntios 1:18-24)
Há dias em que tudo o que queremos é ouvir algo bom. Todo mundo concorda que é maravilhoso quando uma boa notícia nos surpreende. Isso nos transforma e nos dá ânimo para enfrentarmos mais um dia de desafios. Acontece que Deus, em sua infinita sabedoria, nos deu uma boa notícia eterna, que é o Evangelho. Por meio dele tomamos conhecimento de tudo o que o Pai nos tem dado por sua infinita Graça. Contudo, como em toda mensagem, o sucesso da comunicação não depende só de quem fala, mas também de quem recebe. O evangelho é uma boa notícia divina que precisa ser recebida do modo correto: pela fé. Por isso, Deus decidiu transmiti-la de um modo diferente, não dependendo da capacidade de argumentação humana. Mas da fé daqueles que ouvem a sua Palavra. Nisso consiste a loucura da pregação.
A boa notícia de Deus
“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;” (Romanos 1:16)
A palavra Evangelho é uma transliteração do termo grego “euaggelion”. Ele é a junção do prefixo “eu”, que quer dizer bom, com a palavra “aggelios” (pronuncia-se anguelios), que significa mensagem. Em suma, o termo se traduz como boa mensagem ou boa notícia. Assim, o que Paulo e os outros apóstolos pregavam era uma boa notícia vinda de Deus para os homens. Esse é o cerne da mensagem do Evangelho, ser uma notícia de algo bom para quem o recebe.
Lembro-me de quando passei para o vestibular de uma universidade pública no Rio de Janeiro. Era o final de 2003, ou início de 2004, e a internet e os computadores ainda estavam se popularizando. Por isso, nem todo mundo tinha um computador e muito menos acesso a uma internet banda larga. Então, para saber o resultado da prova, tive que ir a uma banca de jornal e comprar um exemplar onde estava publicada a listagem dos aprovados. Foi muito emocionante abrir o jornal e ver o meu nome na listagem dos aprovados para cursar engenharia. Uma alegria tomou conta de mim e passei os próximos dias mostrando o jornal para todo mundo. Era uma boa notícia que eu tinha recebido e ela mudou o meu dia.
Você já deve ter passado por uma experiência como essa: Receber uma ligação de uma empresa para a qual se candidatou e saber que foi aprovado para a vaga; ser comunicado de uma promoção que estava esperando; ou ainda um teste de gravidez positivo, que estava sendo aguardado. Todas essas experiências são boas notícias e, com toda certeza, elas mudam o nosso dia. Da mesma forma, o Evangelho é uma boa notícia do Reino de Deus. Porém, ele não muda apenas o nosso dia, mas a nossa vida inteira.
Salvação de todo aquele que crê
O Apóstolo Paulo teve um ministério bastante abrangente. Ao contrário do que muitos pensam, ele não era apóstolo apenas para os gentios. Fica claro, em Atos 9:15, que Deus designou Paulo aos judeus, gentios e aos Reis. Ao exercer esse chamado, não o fez por meio de palavras de mera persuasão humana, mas através da loucura da pregação. Essa loucura, refere-se tanto a forma quanto ao conteúdo da mensagem do Evangelho. Isso porque ela chocava-se com as expectativas culturais dos povos alcançados por Paulo. Em todo momento ele refere-se, em suas cartas, a judeus e gregos. Essas são as duas culturas nas quais
